Muitos pacientes e profissionais têm dúvidas
em relação ao método de higienização das contenções estéticas e os seus efeitos com o passar do tempo. Esse estudo publicado recentemente na Angle Orthodontist (revista de grande relevância em Ortodontia e com acesso livre) apesar de ser
um trabalho in vitro dá uma ideia sobre as diferentes possibilidades em termos
de soluções para higienização desses aparelhos e seus efeitos em médio prazo (o
estudo foi conduzido por um período de 6 meses).
O estudo avaliou a
transmitância, a rugosidade de superfície e a resistência à flexão do material usado na fabricação das contenções estéticas após a imersão em 7 diferentes soluções (algumas ainda não disponíveis comercialmente no
Brasil ) e após o método mecânico de escovação. Foram utilizados como solução teste para limpeza o Listerine, o Invisalign Cleaning Crystals (solução comercializada pela fabricante do Invisalign), o Polident (solução para limpeza de próteses totais), o Retainer Brite (produzida pela Dentisplay), o peróxido de hidrogênio (nossa famosa água oxigenada), o hipoclorito de sódio e o vinagre ( sim, isso mesmo, o vinagre é realmente multiuso e um ótimo desinfetante).
Com relação à alteração de translucidez, medida através da transmitância, o Listerine foi o que apresentou pior desempenho, se
saindo melhor apenas que a escovação, já em relação à resistência à flexão (rigidez
do material) o peróxido de hidrogênio (água oxigenada) foi o que provocou maior
alteração após o período analisado.
Todos os métodos de higienização sugeridos alteraram as propriedades testadas. Assim, ainda não temos o material ideal para essa função, mas tendo como base esse estudo devemos ter ressalvas em indicar o uso do peróxido de hidrogênio e do Listerine para os pacientes em contenção.
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